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Publicado oficialmente no site do Governo Federal em dezembro de 2013, o Acordo de Cooperação Técnica entre a Força Aérea Brasileira (FAB), TAM, GOL, AZUL, AVIANCA e PASSAREDO com o Ministério da Saúde priorizará o transporte de órgãos sólidos e tecidos. O objetivo é incrementar a logística de apoio na captação, diminuindo o tempo de falência dos órgãos e, com isso, ampliar o número de transplantes no país.

O Governo informou que o Brasil possui o maior sistema de transplantes do mundo. São 27 centrais estaduais que ficam subutilizadas pela falta de órgãos. A intenção é chegar a região norte e ampliar a rede, propiciando a realização de transplantes em todo o país, explicou o ex-Ministro da Saúde Dr. Alexandre Padilha.

O principal ator dentro desse contexto é a agilidade. São minutos precisos que não podem ser desperdiçados. Um coração tem que ser transplantado no máximo em 4 horas. O fígado em até 12 horas. Assim, o modal aéreo torna-se fundamental para que as centrais funcionem adequadamente garantindo a principal matéria prima de todo esse processo, o órgão do doador.

Odontologia Hospitalar e o transplante de órgãos no país

As equipes multidisciplinares responderão a altura. Esse esforço logístico não será em vão. O profissional da saúde deve estar preparado e consciente do investimento que o governo fará nos próximos anos. Cada órgão transplantado tem um valor inestimável, por isso toda a equipe envolvida deverá cumprir rigorosamente os protocolos já existentes e os que estão por vir, a fim de garantir elevados indicadores de eficiência e eficácia que justifiquem os custos operacionais.

A Odontologia Hospitalar torna-se uma grande aliada nos centros de transplante. O Dr Rustemeyer em seu artigo “Necessity of surgical dental foci treatment prior to organ transplantation and heart valve replacement” conclui em seu estudo que 84% dos pacientes na fila de espera para o transplante de coração necessitavam de remoção de focos infecciosos devendo possuir saúde bucal adequada antes da cirurgia cardíaca. Em sua tese de mestrado orientado pelo Prof. Dr Fabrício Bitu, o Dr Diego Peres aponta uma estatística interessante. Nos Centros de Transplantes estadunidenses entre 2003 e 2004 constatou-se que entre 294 serviços pesquisados, 28 (9%) relataram que haviam encontrado um ou mais episódios de sepse a partir de uma fonte de infecção dentária em um paciente transplantado e 34 centros (11%) identificaram pelo menos um caso de infecção oral pré-transplante. Em todos os casos o cancelamento ou adiamento do procedimento cirúrgico do órgão foi determinado.

Assim, o pré-operatório, o ato cirúrgico e o pós devem seguir um rigoroso processo de qualidade avaliando o paciente transplantado em todos esses ciclos com um único objetivo: a melhoria da condição de vida do paciente.

Fonte: Notícias do Governo – Ministério da Saúde

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